Unila vai valorizar a Vila A. E Foz perde projeto de Oscar Niemeyer

No perde e ganha, Foz deixa de contar com o último projeto de Oscar Niemeyer. Foto: Unila Imagens

A repercussão sobre a vinda da Unila para a Vila A mostrou que há mais desinformação e preconceito sobre a instituição do que se imagina.

O Não Viu? retirou do site os comentários preconceituosos sobre os estudantes e a própria instituição, porque representam a opinião de uma minoria que desconhece as atividades acadêmicas da Unila e sua atuação, inclusive, em favor da comunidade em que se insere.

Poucos sabem, por exemplo, que a Unila tem cursos reconhecidos até por pesquisas como a do Guia do Estudante, da Editora Abril (dona da Veja, ácida crítica aos governos do PT, que criaram a Unila). Em avaliação no ano passado, o guia deu três, quatro e cinco estrelas para sete cursos da Unila.

Não por coincidência, estes mesmos cursos ganharam conceitos 3, 4 e 5 do Ministério da Educação. Os cursos são: Geografia, Letras – Artes e Mediação Cultural, Relações Internacionais e Integração, Ciência Política e Sociologia, Ciências Econômicas, História – América Latina e Desenvolvimento Rural e Integração Alimentar.

Todos cursos da área de Humanas. Mas vale lembrar, também, que a Unila é a única instituição de Foz do Iguaçu que oferece o curso de Medicina. E que tem ainda excelentes cursos nas áreas de Engenharias, entre outras.

É uma universidade nova, ainda em fase de expansão, que hoje já mantém entre seus alunos jovens de várias classes sociais de Foz do Iguaçu e região. E é a única de portas abertas para estudantes dos países vizinhos, uma integração necessária para o fortalecimento de relações com a América Latina – fundamental para o Brasil, inclusive quando se pensa exclusivamente em questões econômicas.

Falou-se, inclusive, em desvalorização dos terrenos na Vila A, com a instalação da Unila e de seus professores e alunos no bairro, o que é uma grande besteira.

A tendência é de valorização imobiliária, com maior procura de casas e apartamentos não apenas para estudantes, mas para professores e funcionários em geral. E, quanto maior a procura, mais se valorizam os imóveis, pela lei de mercado que muitos desconhecem.

Ainda nem está definido quais áreas a Unila utilizará. É provável, por exemplo, que o Centro Executivo de Itaipu seja ocupado pelo setor administrativo da universidade, o que apenas representará a saída de algumas dezenas de veículos da usina e de seus empregados daquela área e a chegada de veículos da Unila e de seus funcionários e professores. Seis por meia dúzia, sem caos no trânsito.

Foto: Unila Imagens

O que muita gente também ignora é que a Unila já está na Vila A. Parte de sua administração funciona num prédio alugado (este da foto ao lado). Você sabia?

O mais importante é que a Unila estará com todas as atividades reunidas num só local (futuramente, claro) e integrada à comunidade, o que não aconteceria se permanecesse dentro da usina, conforme o projeto original.

Perde-se, é claro, a possibilidade de o projeto do arquiteto Oscar Niemeyer ser implantado conforme o previsto inicialmente. Seria o último grande projeto de Niemeyer, uma homenagem final ao homem que projetou os prédios que tornam Brasília única no mundo, o que poderia até mesmo ser mais um atrativo de Foz do Iguaçu.

Mas são outros tempos, de vacas magras, e o projeto de Niemeyer, hoje, representaria um investimento muito alto. Agora, prédios mais simples, com arquitetura pensada para o calorão de Foz do Iguaçu – e isso exigiria muitas adaptações no projeto de Niemeyer -, são uma solução mais inteligente.

Quanto à Vila A, em poucos anos estará agradecida a quem teve a ideia e a quem fez a troca do local da sede da Unila. Qualquer bairro, em qualquer cidade do mundo, receberia uma instituição assim de braços abertos.

Quem viver, verá a mudança que a Unila fará na Vila A. Para melhor.

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