A apreensão, pelo governo argentino, na última quarta-feira (06), de dez barcaças que transportavam combustíveis para o Paraguai pelo Rio Paraná gerou uma reposta contunde do presidente paraguaio Santiago Peña.
Na tarde desta sexta-feira (08), Peña anunciou que o Paraguai entrará com uma ação perante o Tribunal do Mercosul pela retenção de barcaças por parte da Argentina, somada a um pedido de arbitragem dentro da Comissão Intergovernamental da Hidrovia.
Pior ainda: o presidente paraguaio disse que não apoiará mais as reivindicações da Argentina para conseguir tapar o rombo financeiro em que o país se meteu, como fez anteriormente, quando os argentinos pediram US$ 7 bilhões ao Fundo Monetário Internacional.
Barcaças
Os argentinos estão pedindo 27 mil dólares para liberar as embarcações, que transportam combustíveis essenciais para a economia do Paraguai.
Vale ressaltar que, desde o ano passado, os argentinos impuseram, unilateralmente, a cobrança de um pedágio no valor de US$ 1,47 por tonelada de produtos transportados no trecho do Rio Paraná, de 550 quilômetros de extensão, em parte que faz divisa entre os dois países (entenda o caso clicando aqui).
A medida também vale também vale para a própria Argentina, o Brasil e a Bolívia, além do Paraguai, que o maior prejudicado, pois depende do Rio Paraná para importar e exportar produtos.
No entanto (espertamente?), o pedágio cobrado dos argentinos é de 1,47 pesos argentinos e não 1,47 dólares por tonelada de produtos transportados pagos pelos outros países do Mercosul.