Aqui e lá, quem vai dirigir a Itaipu Binacional?
No lado paraguaio, haverá eleições em 22 de abril, e o presidente eleito é que irá definir a nova diretoria de Itaipu, hoje comandada por James Spalding.
Do lado de cá, a eleição ainda está longe, mas a saída de Luiz Fernando Leone Vianna da diretoria-geral brasileira precipitou as mudanças, apenas um ano depois da troca de comando.
Agora, cabe ao presidente Michel Temer a responsabilidade de colocar no lugar de Vianna alguém que, sabidamente, irá ficar apenas oito ou nove meses no cargo, até se conhecer o resultado das eleições no Brasil e o novo governo assumir a caneta.
O ideal, claro, é uma solução caseira, sem atender às pressões políticas, que vão vir de todos os lados e garantindo à margem brasileira estabilidade no momento em que o novo presidente do Paraguai também terá de enfrentar o dilema da escolha dos novos diretores.
Como solução caseira, tem-se hoje dois nomes em Itaipu: de um lado, o diretor técnico executivo, Mauro Corbellini; de outro, o diretor jurídico, Cezar Ziliotto.
A favor de Ziliotto, pesa o fato de seu nome não ter sido uma indicação política e, ainda, o tempo de casa: seis anos. Corbellini tem a seu favor a grande experiência na área de energia elétrica, mas está na Itaipu há apenas três meses.
De qualquer forma, um ou outro nome podem representar tranquilidade no momento da transição paraguaia e, principalmente, deixar que tudo se acomode internamente até as alterações que virão em janeiro. Essas, pra valer.