Realmente, não dá pra entender. Enquanto falam em aumentar o efetivo na Aduana, pra facilitar o ingresso de turistas brasileiros, os argentinos armam blitze pra multar e apreender carros brasileiros que não têm a carta verde e itens que lá são obrigatórios.
Foi o que aconteceu na manhã desta quinta, 7, logo após a Aduana argentina. Depois do almoço, talvez pela informação boca-a-boca, já não havia filas na Aduana. E o movimento tinha despencado.
É do acordo do Mercosul, é da lei. Mas somos vizinhos e deveríamos ser mais tolerantes uns com os outros.
Aliás, Puerto Iguazú sem os brasileiros seria o quê?
Nas redes sociais, pipocam denúncias contra a atitude das autoridades argentinas. No Facebook, Pejota Placido Oliveira disse que amigos dele reclamaram que os motoristas brasileiros sofrem até ameaça de prisão.
Ele considera “um desmando exigir uma série de itens que não são obrigatórios para os carros brasileiros, para que possamos ir até lá prestigiar o comércio do país vizinho, que deveria ser amigo”.
O jornalista Adilson Borges, em grupo de WhatsApp, também denunciou o exagero e disse que, além da carta verde, está sendo exigido dos motoristas brasileiros o seguro internacional.
Veja bem que, a ferro e fogo, as autoridades argentinas podem exigir que os veículos que entram no país tenham correntes a bordo (para rodar em trechos nevados), cambão de aço (pra eventualidade de ter o carro rebocado), triângulo adicional, kit de primeiros socorros e apoios de cabeça traseiros. E os seguros. Mas isso é acabar com a amizade…
No lado brasileiro, o Exército participa da operação de segurança na fronteira. Estão sendo parados carros que se dirigem à Argentina e também os que vêm de lá. Mas é por amostragem. Um aqui, outro ali.
É normal e é bom que seja assim. Mas nenhum argentino foi parado apenas pra fazer valer uma legislação de trânsito exagerada. Na verdade, apenas pra encher o saco de brasileiros e afastar os visitantes. Que pena!