Vale o conselho: antes de criticar, espere a obra acabar. Caso das rampas da Brasil

Deduzimos (errado) que a faixa conduziria a pessoa à rampa. A faixa, que é antiga, será apagada e repintada do lado direito.

Depois da crítica, talvez injusta, um aplauso: a Prefeitura de Foz inicia uma política de acessibilidade, para tornar a cidade mais amigável a pessoas com deficiências. O começo é tímido, mas tomara que a iniciativa prospere.

Primeiro, pra evitar dúvidas, vamos ao termo mais certo para se referir a pessoas que têm algum tipo de deficiência física e mental.

Não é mais Portadores de Necessidades Especiais nem Pessoas Portadoras de Deficiências. O correto é Pessoas com Deficiência (assim, no singular), conforme decreto federal de 2010. A sigla, portanto, permanece PCD, mas evita-se usar siglas quando a gente se refere a pessoas.

Agora, o caso de Foz. Para atender à reivindicação de entidades que agregam ou defendem pessoas com deficiência, a Prefeitura, via Foztrans, decidiu construir rampas de acesso nos estacionamentos de vias públicas. Começou pela Avenida Brasil.

E já deu quiproquó. Ninguém entendeu direito como funcionaria a rampa, já que, passando pelo local, pensa-se que a pessoa vai descer pelo lado do carro e, pela faixa zebrada, ir até à rampa. O que é impossível, já que ela está lá na frente do motor.

Mas calma! O diretor de Comunicação Social da Prefeitura, Rodrigo Gottlieb Monzon, o Digão, explica que a confusão ocorre porque as faixas de algumas vagas onde estão as rampas são antigas, induzindo a que se pense que a pessoa vai descer pela porta do motorista.

Depois de pronta a vaga especial, no entanto, as faixas serão repintadas, mas do lado certo. Isto é, a pessoa com deficiência descerá pelo lado do passageiro e, seguindo pela faixa, terá acesso à rampa que leva à calçada.

Explicando novamente: o carro estaciona à esquerda da vaga, por sinal mais larga que as vagas convencionais. À direita do carro, então, fica a faixa (um “zebrado”) por onde a pessoa com deficiência acessa a rampa.

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