Nesta segunda-feira, 06 de janeiro, a Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu emitiu uma nota sobre a criação de novos 4 cargos através de um Projeto de Resolução que começou a tramitar nesta segunda-feira no Legislativo local.
Vale ressaltar que esses novos cargos vão custar R$ 45 mil mensais em salários, que serão bancados com dinheiro dos pagadores de impostos do município.
As justificativas são as seguintes:
Diretor de Cerimonial (salário de 12.448,04)
Está sendo criada a Diretoria de Cerimonial, uma vez que a Diretoria de Comunicação não supre mais todas as demandas do setor, considerando que abarca: assessoria de imprensa, eventos, mídias sociais, publicidade e contratações da área. Essa foi uma demanda dos próprios servidores efetivos, devido à defasagem de pessoal. Cabe salientar que, na última Legislatura (2021/2024) foram criados 10 (dez) eventos a serem realizados pela Câmara além dos já existentes, através das Leis nº 5165/2022, nº 5163/2022, nº 5329/2023, nº 5330/2023, nº 5464/2024, 5.463/2024, nº 5422/2024, nº 5421/2024, nº 5462/2024 e nº 4182/2014.
Diretor de Segurança (salário de 12.448,04)
A Diretoria de Tecnologia, antiga Diretoria de Segurança Física e Digital, está sendo apenas desmembrada, considerando que as recentes modernizações do Legislativo demandaram a separação das atividades, uma vez que a Casa avançou com agilidade e transparência na tramitação de documentação toda para o digital, instalação de sistema anti-hacker, visto que em 2018 o sistema do Legislativo sofreu ataque e houve perda de diversos documentos, além de outras diversas melhorias no ambiente tecnológico. Também houve a implementação da assinatura eletrônica de todos os processos e redução de gastos com impressões. Diante de todas as mudanças, a segurança física da Casa, setor que precisa de atenção especial, ficará agora sob a responsabilidade de Departamento específico.
Chefias de Gabinete (salario de R$ 10.373,25)
Estão sendo criadas excepcionalmente duas chefias de gabinete para abarcar duas assessoras da gestão anterior que estão gestantes, garantindo assim, a estabilidade constitucional das mesmas nesse período.
Vale ressaltar que:
Quanto à criação das chefias de gabinete, a condição de “excepcionalidade” não consta na justificativa do Projeto de Resolução, mas deveria constar, e muito menos no material distribuído para a imprensa até então.
Portanto, se essas chefias não forem extintas, assim que as servidoras voltarem ao serviço, os ilustres edis ganharão mais dois cargos para distribuir entre eles.
Mais: com a criação desses cargos, além dos salários das funcionárias que estão de licença, os pagadores de impostos terão de arcar com os salários dos novos felizardos.
A pergunta é: essas justificativas convenceram vocês, leitoras e leitores do Não Viu??