Veja por que engenheiros não querem nem saber de trabalhar na Prefeitura de Foz

Sindicato da categoria revela que 65% dos nomeados para os cargos de arquiteto, geólogo e engenheiro não tiveram interesse em permanecer no município

Foz do Iguaçu. Foto: PMFI/Divulgação

Oito em cada dez profissionais de engenharia chamados para a Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu e suas entidades desistem da carreira pública. Considerando-se todos os profissionais regulares no CREA/PR, dos 97 profissionais convocados, 68 não assumiram ou deixaram o cargo. Os dados, de março de 2023, foram obtidos conforme os editais de convocação do último concurso realizado, segundo informa o Senge-PR, em matéria que pode ser vista aqui.

Em resumo, a matéria revela o seguinte:

“A perda de talentos também pode ser verificada em outras funções. De 118 nomeados, 77 não tomaram posse ou assumiram e, em seguida, pediram exoneração. Ou seja, 65% dos nomeados para os cargos de arquiteto, geólogo e engenheiro nas áreas de Agronomia, Civil, Elétrica, Cartográfica, Ambiental, Química, Sanitarista e de Tráfego, não tiveram interesse em permanecer no município.

Os salários abaixo do valor de mercado é um dos motivos para a debandada. Ao não pagar o piso salarial da categoria, o município não dá o exemplo, descumpre a legislação e não reconhece a responsabilidade técnica vitalícia dos arquitetos e engenheiros sobre as obras públicas.

Além da não observação do piso salarial que está com defasagem de 250% (atualmente a remuneração inicial está em R$ 4.507,35), o Plano de Carreira do município não é atrativo para estes profissionais, em que a perspectiva de aumentos salariais até atingir o piso da categoria demoram cerca de 20 anos (conforme LC nº 17/93), sendo a demanda do trabalho excessiva em consequência dos cargos não preenchidos”.

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