Diante da quase permanente insegurança, a Associação de Moradores da Vila A (Amva), comerciantes e equipes de segurança pública resolveram se unir em prol da proteção do bairro. Na próxima quarta-feira (21), às 19h30, uma reunião na sede da Amva vai criar o Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) da Vila A – região norte.
Segundo a presidente da associação e aposentada da Itaipu, Maud Lúcia Bruno Lopes Passarela, a Vila A é hoje o bairro com o maior índice de furtos em Foz do Iguaçu. Por ser uma região que conta com comércio, hospital, escolas, faculdade e moradias, o fluxo de pessoas que circulam pelas ruas e avenidas é grande, o que atrai a atenção dos infratores.
A Polícia Militar informou no último dia 16, por sua vez, que, comparando os índices de janeiro e fevereiro de 2018 com o mesmo período no ano passado, houve uma diminuição de mais de 25% nos crimes de furto e roubo na Vila A. A redução é significativa, mas é, também, ainda muito pequena para o tamanho do problema.
Por quê? Porque os ladrões de carro, em sua maioria paraguaios, fazem a “festa” no bairro. Em frente ao Hospital Costa Cavalcanti, nem se conta. É deprimente ver, quase todos os dias, proprietários de veículos desesperados ao retornarem das consultas e verificarem que eles não estão mais lá. Isso acontece há anos.
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O Conseg irá atuar em conjunto com as polícias para que o trabalho seja efetivo, garantindo maior sensação de segurança. “Queremos trazer benefícios para o bairro, como a reativação da base policial [no Jardim Santa Rosa]. É importante que todos participem para juntos protegermos a Vila”, afirmou Maud.
A criação do conselho segue o decreto 5381/2016, do Governo do Estado do Paraná, que tem por objetivo “a criação de colegiados comunitários focados na organização de comunidades e interação técnica e privilegiada com os órgãos de segurança pública”.
Casos de violência recentes ocorridos no bairro tem chamado a atenção. Um deles foi o assalto a um ônibus do transporte público de Foz, que acabou com um baleado. Itamar Vaz Martins, de 68 anos, ficou ferido no roubo, que ocorreu no último dia 13 no cruzamento das avenidas Tancredo Neves e Silvio Américo Sasdelli.
“As forças de segurança pública estão fazendo a sua parte, com rondas e abordagens quando necessárias. Mas é preciso que os moradores ajudem nesse trabalho e denunciem atitudes suspeitas e mantenham-se atentos a tudo o que acontece a sua volta”, afirmou Maud.