Vítima de assalto é, na verdade, golpista. Mas não dá pra dizer quem é

Um homem é assaltado e deixado nu em Foz do Iguaçu. Sai a notícia (no G1, com repercussões em vários sites), mas sem dar nome e foto da vítima.

Homem assaltado e deixado nu, na verdade, é estelionatário. Sai a notícia (no G1, na RPC, etc), mas sem nome e foto do suspeito.

Aí, aqui no blog, queríamos dar a notícia com foto e nome do safado, mas existem leis que impedem.

Na verdade, publicar nome e foto feriria o artigo 5º da Constituição Federal, que trata do direito de imagem, inviolável. Só se pode expor a imagem de alguém em circunstâncias muito específicas, com autorização explícita ou ordem judicial.

Então, quando se sabe de um caso como este registrado em Foz, fica difícil alertar as pessoas sobre a ação de um marginal que é useiro e vezeiro em aplicar golpes.

A tática desse cidadão é se hospedar em hostels e pensões e dar golpes não nos estabelecimentos, mas em hóspedes.

O tal “turista” disse que mora nos Estados Unidos, veio ao Brasil visitar a família em Curitiba, mas na verdade é só um estelionatário.

Por que estava nu na madrugada? Não foi assalto, mas vingança de um pessoal de Guarapuava, em quem o tal turista teria dado um golpe numa jogatina de pôquer. Ele teria aplicado o mesmo golpe no Rio de Janeiro e em Brasília.

Aqui, depois do “assalto”, o turista “abandonado sem roupas” fez vítimas na pousada onde estava hospedado. Condoída, uma pessoa lhe emprestou R$ 1.000 e, em troca, recebeu um falso depósito na conta, conforme a delegada Araci Carmen Costa Vargas falou ao G1, em matéria publicada ontem, 24.

Ele continua livre e solto, praticando novos golpes, e a gente não pode escrachar. Que pena!

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